<b>A importância de Scotus na concepção de história de Arendt</b> - doi: 10.4025/actascieduc.v35i1.16724
Resumo
O objetivo deste trabalho é abordar a noção de história em Arendt, a partir da importância que dispensa ao pensamento de Duns Scotus, particularmente no que concerne à primazia da vontade. Para a autora, Scotus foi um dos pensadores medievais a ressaltar o papel da vontade como potência livre, frente à potência intelectual, presa à atividade natural. A liberdade de começar um ato caracteriza um mundo regido pela contingência. Ora, para Arendt, essa liberdade condiz com a sua ideia de política autêntica e que funda o espaço público, definido pela palavra e pela ação dos indivíduos. A história, que tem lugar a partir da atividade política, recebeu diversos tratamentos, desde a Antiguidade grega à concepção moderna de processo. Uniu-se a concepções idealistas, estabelecendo modos universais de definir o futuro. No entanto, se a liberdade deve caracterizar a vita activa, a história deve buscar os significados dos fatos ao perscrutar seus aspectos singulares, que se reduziram ao contínuo da explicação universal da história oficial. Trata-se, pois, de abordar a história da perspectiva da narrativa singular, a partir dos espectadores, daqueles que fundam o espaço público. Daí, a importância das noções bipolares, como natureza e liberdade, necessidade e contingência, vontade e intelecto, conforme Scotus.
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