Desenhando novas realidades didáticas com o poder motivacional dos aplicativos digitais no ensino da História
Resumo
No mundo atual, os estudantes necessitam possuir um conjunto de competências diferentes e transversais, que lhes permitam coabitar nesta nova ordem social, cultural, económica e política. Perante este contexto, torna-se cada vez mais importante articular os curricula escolares com a utilização de tecnologias digitais, como forma de promover estas competências, tal como tem vindo a ser enunciado por entidades internacionais, que defendem a necessidade de criar novos cenários de aprendizagem. É um desses novos cenários, enriquecido com diferentes aplicativos digitais - Kahoot, Mentimeter, Plickers e EdPuzzle- que pretendemos analisar, descrevendo o seu impacto no autoconceito académico de estudantes do Ensino Fundamental, a partir da análise qualitativa das suas percepções. Os resultados mostram que este cenário, ancorado num modelo centrado na aprendizagem e no desenvolvimento de competências, podem ter efeitos muito positivos no autoconceito académico dos alunos, a nível das diferentes dimensões consideradas: motivação, orientação para a tarefa, confiança nas suas capacidades e relação com os colegas.
Downloads
Referências
Bardin, L. (1977). L´analyse de contenu. Paris, FR: PUF.
Berg, G. V. D., & Coetzee, L. R. (2014). Academic self-concept and motivation as predictors of academic achievement. International Journal of Eductional sciences, 6(3), 469-478.
Blow, F. (1990). Computers, simulation and empathy. In F. Blow, A. Martin (Eds.), Computers in the history classroom: proceedings of the first international conference on computers in the history classroom (p. 144-152). Leeds, UK: Leeds University Press.
Comissão Europeia (2013). Abrir a educação: ensino e aprendizagem para todos de maneira inovadora graças às novas tecnologias e aos recursos educativos abertos. Bruxelas, BE: Serviço de Publicações da Comissão Europeia.
Decreto-Lei n.º 54/2018 (2018, 6 de julho). Estabelece o regime jurídico da educação inclusiva. Diário da República, n.º 129, Série I, p. 2918-2928.
Dias-Trindade, S., & Carvalho, J. R. (2019). História, tecnologias e mobile learning. Ensinar história na era digital. Coimbra, PT: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Faria, L. (1998). Desenvolvimento diferencial nas concepções pessoais de inteligência durante a adolescência. Lisboa, PT: Fundação Calouste Gulbenkian/Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica.
Faria, L., & Azevedo, A. S. (2004). Manifestações diferenciais do autoconceito no fim do ensino secundário português. Paidéia, 14(29), 265-276.
Ferreira, B. P. (2018). A utilização de dispositivos móveis na avaliação formativa: desenvolvimento de competências para o novo milénio (Dissertação de Mestrado). Universidade de Coimbra, Coimbra.
Ferreira, M. M. C. (2005). Alguns fatores que influenciam a aprendizagem do estudante de enfermagem. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 31(10), 150-173.
Figueiredo, A. D. (2016). Por uma escola com futuro... para além do digital. Revista Nova Ágora, 1(5), 19-21.
Goulão, M. (2012). Ensinar e aprender em ambientes online: alterações e continuidades na(s) prática(s) docente(s). In: J. A. Moreira, & A. Monteiro (Orgs.), Ensinar e aprender online com tecnologias digitais: abordagens teóricas e metodológicas (p. 15-30). Porto, PT: Porto Editora.
Huertas, J. A. (2000). La gramatica de los motivos en la aula. Educação, 23(41), 131-146.
Nelas, P. R. C. (2018). Autoconceito em adolescentes com dificuldades de aprendizagem (Dissertação de Mestrado). Universidade Católica Portuguesa, Braga.
Moreira, J. A., Barros, R., & Monteiro, A. (2014). Autoconceito académico em ambientes virtuais de aprendizagem. Revista Brasileira de Informática na Educação, 22(2), 31- 46.
Moreira, J. A., & Dias-Trindade, S. (2018). Reconfigurando ambientes virtuais de aprendizagem com o Whatsapp. Revelli, 10(3), 1-18.
Moreira, J. A., & Dias-Trindade, S. D. (2017). O whatsapp como dispositivo pedagógico para a criação de ecossistemas educomunicativos. In C. Porto, K. Eduardo, K., & A. Chagas (Coords.). Whatsapp e educação: entre mensagens, imagens e sons (p. 49-68). Salvador, BA: Editora da Universidade Federal da Bahia/EDUFBA.
Moreira, J. A., & Dias-Trindade, S. D. (2018). O dispositivo digital WhatsApp e o seu impacto na criação de comunidades virtuais de aprendizagem. Revista Textura, 20(44), 10-26. Doi: 10.17648/textura-2358-0801-20-44-4554
Nunes, J. P. A. (2007). A ‘boa propaganda’, a ‘má propaganda’ e o ensino da história. Revista Portuguesa de História, 1(39), 165-182.
Oliveira, D. A. S. (2015). Autoconceito, autoestima e rendimento académico em alunos do 11º ano de escolaridade nos cursos de Ciências e Tecnologias e Cursos profissionais (Tese de Doutorado). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Fernando Pessoa, Porto.
Paiva, M. O. A., & Lourenço, A. A. (2011). Rendimento académico: influência do autoconceito e do ambiente de sala de aula. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(4), 393-402.
Peixoto, F., & Almeida, L. S. (2011). A organização do autoconceito: análise da estrutura hierárquica em adolescentes. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(3), 533-541.
Plana, M. G.-C., Gimeno, A., Appel, C., Hopkins, J., Gibert-Escofet, M. I., & Figueras, I. (2013). Improving learners' reading skills through instant short messages: a sample study using WhatsApp. In Paper presented at the WorldCALL 2013 Conference - Sustainability and computer-assisted language learning, at glasgow, volume: global perspectives on computer-assisted language learning sustainability and computer-assisted language learning (p. 80-84). Glasgow, Uk.
Prensky, M. (2001). Digital natives digital immigrants, part 1. On the Horizon, 9(5), 1-6.
Rappaport, C. R. (1981). Desenvolvimento cognitivo. In C. R. Rappaport, W. R. Fiori, & C. Davis (orgs.). Psicologia do desenvolvimento (pp. 41-68). São Paulo: EPU.
Ribeiro, A. I., & Dias-Trindade, S. (2017). O ensino da História e tecnologias – conexões, possibilidades e desafios no espaço das Humanidades Digitais. In C. Porto, & J. A. Moreira (Orgs.), Educação no ciberespaço – novas configurações, convergências e conexões (p. 133- 146). Santo Tirso, PT: Whitebooks.
Rosen, L. (2010). Welcome to the iGeneration!. Education Digest, 75(8), 8-12.
Salmon, G. (2003). E-tivities: the key to teaching and learning online. Londres, UK: Routledge.
Silva, J. B. da, Andrade, M. H., Oliveira, R. R. de, Sales, G. L., & Alves, F. R. V. (2018). Tecnologias digitais e metodologias ativas na escola: o contributo do Kahoot para gamificar a sala de aula. Revista Thema, 15(2), 780-791. Doi: 10.15536/thema.15.2018.780-791.838
Terceiro, J. (1997). Sociedade digital: do homo sapiens ao homo digitalis. Lisboa, PT: Relógio D’Agua.
Trindade, S., & Moreira, J. A. (2017). Competências de aprendizagem e tecnologias digitais. In C. P. Vieira, & J. A. Moreira (Coords.), E-learning no ensino superior (p. 99- 114). Coimbra, PT: CINEP.
Veiga, F. H. (1996). Autoconceito e rendimento dos jovens em matemática e ciências: análise por grupos com diferente valorização do sucesso. Revista de Educação, 5(2), 41-53.
Waetjen, W. (1972). Self-concepts as a learner scale. In M. Argyle, & V. Lee (Eds.), Social Relationships. Portsmouth, UK: Grosvenor Press.
World Economic Forum [WEF]. (2015). New vision for education: unlocking the potential of technology. Geneva, CH: World Economic Forum.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer suporte ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais).
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.