O uso do método prosopográfico em história da educação a partir da revista ‘A Maçonaria no Estado de São Paulo’ (1912-1932)
Resumo
O texto tem como objetivo mostrar como podemos utilizar o método prosopográfico no campo da história da educação. Organizamos da seguinte forma: o primeiro item aborda o uso do método prosopográfico em relação aos estudos das elites. Neste tópico, também acentuamos a possibilidade da prosopografia para a análise das classes subalternas. O segundo, apresenta um breve balanço historiográfico sobre o uso do método prosopográfico no campo da história da educação e, finalmente, apresentamos um exemplo do uso do método aplicado à história da educação em que analisamos, a partir da revista ‘A Maçonaria no Estado de São Paulo’, o perfil biográfico de 20 maçons que exerceram atividades educacionais na esfera pública e privada. Demos também destaque a algumas instituições educacionais organizadas e dirigidas por esses educadores.
Downloads
Referências
Antonio, G. (1912). A educação Jesuíta. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, outubro de 1913.
Antonio, G. (1913). Escolas Maçônicas. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, agosto de 1913.
Antonio, G. (1914). Destruir para instruir. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, janeiro de 1914.
Antonio, G. (1918). Escola Modernaa. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, outubro e novembro de 1918.
Antonio, G. (1919). Grupo Escolar Sete de Setembro. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, setembro de 1919.
Antonio, G. (1922). Eduquemos a mulher. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, agosto de 1922.
Antonio, G. (1923). A Ação da Maçonaria – eduquemos o povo’. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, agosto de 1923.
Antonio, G. (1924). Ginásio Anglo; Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, outubro de 1924.
Antonio, G. (1925). Instituto Independência. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, setembro de 1925.
Antonio, G. (1929). Ensino Laico. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, junho de 1929.
Antonio, G. (1929). Escola Luiz Gama. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, janeiro de 1929.
Antonio, G. (1931). A educação Jesuíta nas Escolas. Revista: A Maçonaria no Estado de São Paulo, maio de 1931.
Adorno, S. (1988). A profissionalização da política e o bacharelismo liberal. In S. Adorno (Ed.), Os aprendizes do poder: o bacharelismo liberal na política brasileira (p. 157-234). Rio de Janeiro, RJ: Paz & Terra.
Amaral, S. M. (2006). O teatro do poder: as elites políticas no Rio Grande do Sul na vigência do Estado Novo (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Batalha, C. H. M. (1997). Vida associativa: por uma nova abordagem da história institucional nos estudos do movimento operário. Anos 90, 5(8), 91-99. DOI: https://doi.org/10.22456/1983-201X.6197
Batalha, C. H. M. (2009). Escrevendo a biografia dos “obscuros ativos”: a experiência do dicionário do movimento operário na cidade do Rio de Janeiro. Perseu, (3), 173-183.
Beaurepaire, P.-Y. (1998). Franc-maçonnerie et cosmopolitisme au siècle des lumières. Paris, FR: Encyclopédie Maçonniques.
Beaurepaire, P.-Y. (1999). La République universelle des francs-maçons. De Newton à Metternich, Rennes. Paris, FR: Ouest-France.
Beaurepaire, P.-Y. (2002). Nobles jeux d'arc et loges maconniques dans la France des lumieres. Paris, FR: Ivoire-Clair.
Bontempi Júnior, B. (2007). O ensino e a pesquisa em história da educação brasileira na cadeira de Filosofia e História da Educação (1933-1962). História da Educação, 11(21), 79-105.
Bottomore, T. B. (1974). As elites e a sociedade (2a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Bourdieu, P. (2007). A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo, SP: Edusp.
Busino, G. (1992). Chapitre VII: recherches historiques sur les élites. In G. Busino (Ed.), Élites et élitisme
(p. 87-88). Paris, FR: Presses Universitaires de France.
Canêdo, L. B. (2002). Héritage en politique, ou comment acquérir les dispositions et compétences nécessaires aux fonctions de représentation politique (1945-1964). Cahiers du Brésil Contemporain, 47-48, 71-119.
Carvalho, J. M. (2003). A construção da ordem: a elite imperial/ teatro de sombras: a política imperial (4a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
Charle, C. (2001). Prosopography (collective biography). In N. J. Smelser, & P. B. Baltes (Eds.), International encyclopedia of the social and behavioral sciences (p. 12236-12241). Oxford, GB: Elsevier.
Charle, C. (2006). Como anda a história social das elites e da burguesia? Tentativa de balanço crítico da historiografia contemporânea. In F. M. Heinz (Org.), Por outra história das elites (p. 19-39). Rio de Janeiro, RJ: FGV.
Codato, A. (2015). Metodologias para a identificação de elites: três exemplos clássicos. In R. Perissinotto, & A. Codato (Orgs.), Como estudar elites (p. 15-32). Curitiba, PR: UFPR.
Colussi, E. L. (1998). Plantando ramas de acácia: a maçonaria gaúcha no século XIX (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Costa, O. A. (2013). O livro do povo na expansão do ensino primário no Maranhão (1861 – 1881) (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Elias, N. (1994). O processo civilizador. Vol 1: a história dos costumes (2a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Fraga, A. S. (2017). Trajetórias de alunas-mestras a professoras intelectuais da educação no Rio Grande do Sul (1920 a 1960) (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Ginzburg, C. (1989). O nome e o como. In C. Ginzburg, H. Castelnuevo, & C. Poni (Eds.), A micro-história e outros ensaios (p. 169-178). Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil.
Heinz, F. M. (2006). Por outra história das elites. Rio de Janeiro, RJ: FGV.
Heinz, F., & Codato, A. (2015). A prosopografia explicada para cientistas políticos. In R. Perissinotto, & A. Codato (Orgs.), Como estudar elites (p. 249-278). Curitiba, PR: UFPR.
Lança, J. F. (2018). Capitais e formação acadêmico-profissional dos egressos da Escola Politécnica de São Paulo (1899 a 1905) (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Leferme-Falguières, F., & Van Renterghem, V. (2001). Le concept d’élites. Approches historiographiques et méthodologiques. Hypothèses, 1(4), 55-67.
Maitrón, J. (1964). Dictionnaire biographique du mouvement ouvrier français. Paris, FR: Ouvrières.
Magalhães, F. S. (2013). Maçonaria e educação (1889-1930): contribuições para o ideário republicano (Tese de Doutorado). Universidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Mills, C. W. (1956). The power elite. New York, NY: Oxford University Press.
Moraes, C. S. V. (1990). O Ideário Republicano e a Educação: o colégio “Culto Ciência” de Campinas. Uma contribuição para a História das Instituições (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Morel, M., & Souza, F. J. O. (2008). O poder da maçonaria: a história de uma sociedade secreta no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira.
Mosca, G., & Bouthoul, G. (1975). História das doutrinas políticas desde a antiguidade. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Pareto, V. (1996). Manual de economia política. São Paulo, SP: Nova Cultural.
Peres, F. A. (2004). Estratégias de aproximação: um outro olhar sobre a educação anarquista em São Paulo na Primeira República (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Perissinotto, R., & Costa, L. D. (2015). Regime político oligárquico e profissionalização política: o caso da Primeira República brasileira (1889-1930). In 2ª Reunión Internacional sobre Formación de las Elites: enfoques y avances de investigación en el estudio relacional de las desigualdades. Buenos Aires, AR: Flacso.
Santos, P. S. (2018). A história da África e cultura africana e afro-brasileira em livros didáticos da educação de jovens e adultos (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Schmidt, B. B. (2000). “A parte dos homens”: biografia, autobiografia e história do movimento operário. In XXIV Encontro Anual da ANPOCS (p. 1-17). Petrópolis, RJ: ANPOCS.
Silva, C. M. N. (2016). “Para os grandes males, os grandes remédios”: propostas educacionais no Congresso Agrícola, Industrial e Comercial de Minas Gerais (1903) (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Silva, I. B. (2010). A cidade, a igreja e a escola: relações de poder entre maçons e presbiterianos em Sorocaba na segunda metade do século XIX (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Silva, I. B. (2015). A figura de Horace Lane: lutas de representações e formação da rede de Escolas Americanas no Brasil (1885-1912) (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Silva, I. B. (2019). Arquivos e fontes em história da educação: relato de pesquisas. Educare, 3(1), 3-18.
Silva, I. B., & Bontempi Júnior, B. (2018). Elite maçônica e as escolas da Loja Sete de Setembro na revista A Maçonaria no Estado de São Paulo (1912-1932). Revista Brasileira de História da Educação, 18, e039. DOI: http://dx.doi.org/10.4025/rbhe.v18.2018.e039
Stone, L. (2011). Prosopografia. Revista Sociologia e Política, 19(39), 115-137. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-44782011000200009
Tizzot Filho, O. G. (2017). Positivismo e educação na obra de José Feliciano de Oliveira (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Verboven, K., Carlier, M., & Dumolyn, J. (2007). The nature of prosopography. A short manual to the art of prosopography. In K. S. B. Keats-Rohan (Ed.), Prosopography approaches and applications (p. 35-70). Oxford, GB: Handbook.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer suporte ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais).
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.
