A noção de individuação em Jung e a educação

  • Cezar Luís Seibt Universidade Federal do Pará
Palavras-chave: indivíduo; coletividade; individuação; desenvolvimento; formação humana.

Resumo

O artigo apresenta algumas das reflexões produzidas por Carl Gustav Jung no que se refere à relação entre o indivíduo e a sociedade, e verifica as contribuições que ele traz para entendermos melhor o nosso tempo e os processos de formação e o desenvolvimento humano. Essa polaridade tem importância fundamental na compreensão de nós mesmos e do nosso dever-ser, sobretudo porque tendemos normalmente para um ou outro extremo da tensão. Hoje, segundo seu diagnóstico, predomina a tendência da identificação com alguma função coletiva, definhando o desenvolvimento e aprimoramento pessoal. Importa, assim, primordialmente ajustar-se e identificar-se com um papel social oferecido pela comunidade da qual participamos; e a educação contribui com esse ideal de ajustamento e conformidade. O desafio, por isso, é a integração entre o mundo interno e o mundo externo, com o desenvolvimento da pessoa a partir da comunhão entre seus diversos aspectos, inclusive das suas sombras. É o processo de individuação, por meio do qual há a aproximação com o ideal arquetípico do Si-Mesmo. Logo, não se trata de negligenciar o desenvolvimento social, mas de associar a ele o apelo que vem da singularidade, integrando as duas exigências em um todo mais elevado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Fromm, E. (2014). Ter ou ser. Rio de Janeiro, RJ: LTC.

Hall, C., & Nordby, V. (2014). Introdução à psicologia junguiana. São Paulo, SP: Cultrix.

Heidegger, M. (2006). Conceitos fundamentais da metafísica – mundo, finitude e solidão. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária.

Heidegger, M. (2012). Ser e tempo (F. Castilho, Trad.). Campinas, SP: Editora Unicamp; Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2013a). Tipos psicológicos (7a ed., Vol. 6). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2013b). O desenvolvimento da personalidade (14a ed., Vol. 17). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2013c). A energia psíquica (14a ed., Vol. 8.1). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2013d). A natureza da psique (10a ed., Vol. 8.2). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2013e). Aion: estudo sobre o simbolismo do Si-Mesmo (10a ed., Vol. 9.2). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2013f). Freud e a psicanálise (7a ed., Vol. 4). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2014a). Psicologia do inconsciente (24a ed., Vol. 7.1). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2014b). Os arquétipos e o inconsciente coletivo (11a ed., Vol. 9.1). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2015). O eu e o inconsciente (27a ed., Vol. 7.2). Petrópolis, RJ: Vozes.

Kast, V. (2019). Jung e psicologia profunda – um guia de orientação prática. São Paulo, SP: Cultrix.

Nietzsche, F. (2005). Além do bem e do mal. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Stein, M. (2006). Jung: o mapa da alma. São Paulo, SP: Cultrix.

Weil, P., Leloup, J., & Crema, R. (2014). Normose: a patologia da normalidade. Petrópolis, RJ: Vozes.

Publicado
2022-10-06
Como Citar
Seibt, C. L. (2022). A noção de individuação em Jung e a educação. Acta Scientiarum. Education, 45(1), e55175. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v45i1.55175
Seção
História e Filosofia da Educação