The migration issue in educational research: the case of São Paulo
Abstract
This article aims to put into perspective how immigration and Brazilian educational practices in the state of São Paulo have been articulated in educational research, by comparing studies that focalized the education of immigrants in the past with those that study how it occurs in the present days. Therefore, the empirical material for this research consists of articles published in 57 scientific journals, between the years 2000 and 2020, that investigate the issue of immigration from different points of view. From a theoretical perspective, this study dialogues with the Foucauldian concepts of governmentality and population, since through them it would be possible to contextualize the racial bias inherent not only to events related to immigration in population formation in Brazil in the late 19th and early 20th century, but also to the role of education in this process and, in a broad sense, to the governance mechanisms as a whole. The analysis led us to conclude that school, moving from a belligerent opposition to differences to the subtlety of normative inclusion, has historically been asserting itself, since the 19th century, as the institution capable of governing the otherness and of mediating conflicts involving immigration.
Downloads
References
Anuários do Ensino. (2021). Arquivo público do Estado de São Paulo [Acervo]. Recuperado de http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/acervo/repositorio_digital/anuarios_ensino
Aragão, E. (2003). Raça, nação, classe e a educação para o trabalho: a marginalização do trabalhador nacional livre na primeira industrialização em São Paulo (1880-1920). Pro-Posições, 14(2), 147-175.
Augusti, V. M. (2000). Germano F.E. Melchert, médico e político: trajetória pública de um imigrante alemão no Brasil da Primeira República. Cadernos Cedes, 51, 78-88. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-32622000000200006
Bahia, J. (2009). O “espírito do comentário” – a idéia de educação e de cultura como demarcadores étnicos. Educação, 34(1), 129-146.
Bastos, A. M., & Souza, C. B. G. (2012). A educação no contexto diacrônico de antigos núcleos coloniais. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 7(3), 2-14.
Cabreira, M. M. (2001). Cultura e identidade em São Paulo: a imigração síria e libanesa. EccoS – Revista Científica, 3(1), 93-103. DOI: https://doi.org/10.5585/eccos.v3i1.248
Cantuaria, A. L. (2004). Das escolas de imigrantes aos colégios internacionais: a constituição do espaço das escolas internacionais em São Paulo 1878-1978. Pro-Posições, 15(2), 39-60.
Carneiro, J. F. (1950). Imigração e colonização no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Universidade do Brasil.
Carreira, A. L. R. (2014). Entre hinos, bandeiras e heróis: imigração européia, classe operária e a constituição da nacionalidade nos grupos escolares da cidade de Santos. Horizontes, 32(2), 101-108. DOI: https://doi.org/10.24933/horizontes.v32i2.179
Castro, E. (2016). Vocabulário de Foucault: um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Cavalcanti, L., Oliveira, T., & Macedo, M. (2020). Imigração e Refúgio no Brasil. Relatório Anual 2020 (Série Migrações). Brasília, DF: Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), Ministério da Justiça e Segurança Pública/Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração Laboral.
Cruz, H. F. (2013). São Paulo em papel e tinta: periodismo e vida urbana 1890-1915. São Paulo, SP: Arquivo Público do Estado de São Paulo.
Dávila, J. (2006). Diploma de brancura: política social e racial no Brasil – 1917-1945. São Paulo, SP: Unesp.
Demartini, Z. B. F. (2000). Relatos orais de famílias de imigrantes japoneses: Elementos para a história da educação brasileira. Educação & Sociedade, 21(72), 43-72. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302000000300004
Demartini, Z. B. F. (2004). Imigração e educação: discutindo algumas pistas de pesquisa. Pro-Posições, 15(3), 215-228. Recuperado de https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/publicacao/2272/45-artigos-demartinizbf.pdf
Depaepe, M., & Smeyers, P. (2016). Educacionalização como um processo de modernização em curso. Perspectiva, 34(3), 753-768. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n3p753
Dias, E. T. D. M., & Souza Neto, J. C. (2019). Diversidade cultural no espaço escolar: implicações no ensino, na aprendizagem e nos processos de subjetivação. EccoS – Revista Científica, 48, 51-70. DOI: https://doi.org/10.5585/eccos.n48.12380
Educandos estrangeiros por nacionalidade. (2020). Dados abertos. Secretaria Municipal de Educação. Recuperado de http://dados.prefeitura.sp.gov.br/pt_PT/dataset/educandos-estrangeiros-por-nacionalidade.
Fonseca, D. J. (2009). A tripla perspectiva: a vinda, a permanência e a volta de estudantes angolanos no Brasil. Pro-Posições, 20(1), 23-44. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73072009000100003
Foucault, M. (1998). História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro, RJ: Edições Graal.
Foucault, M. (2008). Segurança, território e população: curso no Collège de France (1977-1978). São Paulo, SP: Martins Fontes.
Foucault, M. (2012). As malhas do poder. In M. Foucault. Segurança, penalidade, prisão (p. 168-188). Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária.
Foucault, M. (2019). Nietzsche, a genealogia e a história. In M. Foucault. Microfísica do poder (p. 55-86). Rio de Janeiro, RJ; São Paulo, SP: Paz e Terra.
Freitas, M. C., & Silva, A. (2015). Crianças bolivianas na educação infantil de São Paulo: adaptação, vulnerabilidades e tensões. Cadernos de Pesquisa, 45(157), 680-702. DOI: https://doi.org/10.1590/198053143246
Gondin, J. S., & Pinezi, A. K. M. (2020). Língua, identidade e alteridade: um estudo sobre as relações entre alunos brasileiros e bolivianos em uma escola paulistana. Perspectiva, 38(4), 1-17. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e65980
Gondin, J. S., Pinezi, A. K. M., & Menezes, M. A. (2020) Alteridade e interculturalidade na escola: um estudo etnográfico sobre estudantes bolivianos em São Paulo. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 101(259), 607-626. DOI: https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.101i259.4128
Gondra, J. G. (2000). A sementeira do porvir: higiene e infância no século XIX. Educação e Pesquisa, 26(1), 99-117. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022000000100008
Kreutz, L. (2000). Escolas comunitárias de imigrantes no Brasil: instâncias de coordenação e estruturas de apoio. Revista Brasileira de Educação, 15, 159-176.
Kreutz, L. (2011). A educação de imigrantes no Brasil. In E. M. T. Lopes, L. M. Faria Filho, & C. G. Veiga (Orgs.), 500 anos de educação no Brasil (p. 347-370). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017. (2017, 24 maio). Institui a Lei de Migração. Diário Oficial da União, Brasília.
Lesser, J. (2015). A invenção da brasilidade: identidade nacional, etnicidade e políticas de imigração. São Paulo, SP: Unesp.
Love, J. (1982). A locomotiva: São Paulo na federação brasileira 1889-1937. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Magalhães, G. M., & Schilling, F. (2012). Imigrantes da Bolívia na escola em São Paulo: fronteiras do direito à educação. Pro-Posições, 23(1), 43-63. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73072012000100004
Maschio, E. C. F., & Prado, E. M. (2017). Entraves no ensino da língua portuguesa nas escolas italianas privadas curitibanas e paulistanas (1883-1907). História da Educação, 21(51), 85-100. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-3459/68976
Mimesse, E., & Maschio, E. C. F. (2009) O início da escolarização primária no final do século XIX em dois núcleos coloniais italianos. Revista de Educação PUC-Campinas, 27, 109-118.
Moraes, J. D. (2000). A educação libertária na bagagem dos imigrantes: uma trajetória no Brasil. Revista de Educação PUC – Campinas, 8, 28-39.
Nagle, J. (1974). Educação e sociedade na Primeira República. São Paulo, SP: Editora Pedagógica e Universitária Ltda.
Nascimento, M. L., & Morais, C. G. (2020). (In) visibilidade das crianças imigrantes na cidade de São Paulo: questões para pensar a cidadania da pequena infância. Revista Espaço Pedagógico, 27(2), 437-458. DOI: https://doi.org/10.5335/rep.v27i2.11435
Okamoto, M. S. (2018). A educação ultranacionalista japonesa no pensamento dos nipo-brasileiros. Revista História da Educação, 22(55), 225-243. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-3459/80207
Panizzolo, C. (2019a). Livros de leitura e a construção da identidade nacional de crianças italianas e descendentes (São Paulo no início do século XX). Acta Scientiarum. Education, 41, e45486. DOI: https://doi.org/10.4025/actascieduc.v41i1.45486
Panizzolo, C. (2019b). Scuole italiane all’estero: livros de leitura para as escolas italianas no Brasil (São Paulo/SP – 1911-1931). Cadernos de História da Educação, 18(2), 351-367. DOI: https://doi.org/10.14393/che-v18n2-2019-5
Panizzolo, C. (2020). A escola étnica na cidade de São Paulo e os primeiros tons de uma identidade italiana (1887-1912). História da Educação, 24, e91636. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-3459/91636
Pereira, A. A. A. S., & Sandano, W. (2015). Caracterização da clientela do Grupo Escolar “Padre Anchieta”: um olhar sobre as práticas escolares (1934-1976). Série-Estudos, 40, 323-348.
Prado, E. M. (2013). O infausto cotidiano dos pequenos ítalo-brasileiros em um antigo núcleo colonial no princípio do século XX. Cadernos de História da Educação, 12(2), 483-502.
Prado, E. M. (2015). O convívio concomitante e frugal das escolas elementares públicas e privadas paulistanas. Educar em Revista, 58, 183-198. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.40994
Quantidade de alunos estrangeiros por nacionalidade. (2019). Dados abertos da Educação. Secretaria da Educação do estado de São Paulo. Recuperado de https://dados.educacao.sp.gov.br/dataset/quantidade-de-alunos-estrangeiros-por-nacionalidade.
Rago, M. (2014). Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar e a resistência anarquista: Brasil 1890-1930. São Paulo, SP: Paz e Terra.
Revel, J. (2011). Dicionário Foucault. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária.
Rossa, L. A., & Menezes, M. A. (2020). Entre Kinshasa, Luanda e São Paulo: migração e educação nas trajetórias de solicitantes de refúgio angolanas no Brasil. Perspectiva, 38(4), 1-22. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e66276
Said, E. W. (2015). Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo, SP: Companhia das Letras.
Schwartzman, S., Bomeny, H. M. B., & Costa, V. M. R. (1984). Tempos de Capanema. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra; São Paulo, SP: Universidade de São Paulo.
Silva, M. L. (2015). Biopolítica, narrativas identitárias e educação no Brasil (1900-1945). Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, 7(14), 1-21. DOI: http://dx.doi.org/10.14295/rbhcs.v7i14.271
Silva, N. (2003). Pluralidade cultural, migração e o ensino da língua portuguesa no Ensino Fundamental. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, 12(19), 173-180.
Silva, A. A. A., & Sandano, W. (2013a). Aspectos das práticas escolares da escola de Língua Japonesa e Internato de Pilar do Sul: rituais e festas. Série-Estudos, 36, 221-236.
Silva, A. A. A., & Sandano, W. (2013b). O campo e a cultura escolares de Pilar do Sul e a imigração japonesa (1934-1976). Quaestio, 15(2), 191-206.
Silva, K., & Morais, S. S. (2012). Tendências e tensões de sociabilidade de estudantes dos Palop em duas universidades brasileiras. Pro-Posições, 23(1), 163-182.
Silva, R. C. C., & Minvielle, R. (2019). A presença dos fundamentos da pedagogia social no ensino de língua portuguesa para migrantes e refugiados em São Paulo. Cadernos de Pesquisa, 26(2), 107-127. DOI: http://dx.doi.org/10.18764/2178-2229.v26n2p107-127
Skidmore, T. E. (1976). Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Subuhana, C. (2009). A experiência sociocultural de universitários da África Lusófona no Brasil: entremeando histórias. Pro-Posições, 20(1) 103-126. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73072009000100007
Tröhler, D. (2017). Educationalization of social problems and the educationalization of the modern world. In M. A. Peters. Encyclopedia of Educational Philosophy and Theory (p. 698-703). Berlim, DE: Springer.
Todorov, T. (2010). A conquista da América: a questão do outro. São Paulo, SP: WMF Martins Fontes.
Vieira, C. R. A. (2002). Contribuições protestantes à reforma da educação pública paulista. Comunicações, 9(1), 256-274. DOI: https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v9n1p256-274
Vieira, C. R. A. (2008). Romero Amaral. Americanismo x iberismo: a influência do modelo educacional norte-americano no final do século XIX. Horizontes, 26(1), 21-30.
Yade, J. S. M. (2014). Territórios negros: migrações e reterritorialização do espaço urbano periférico. Comunicações, 21(1), 167-190. DOI: https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v21n1p167-190
DECLARATION OF ORIGINALITY AND COPYRIGHTS
I declare that this article is original and has not been submitted for publication in any other national or international journal, either in part or in its entirety.
The copyright belongs exclusively to the authors. The licensing rights used by the journal are the Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0) license: sharing (copying and distributing the material in any medium or format) and adaptation (remixing, transforming, and building upon the material thus licensed for any purpose, including commercial purposes) are permitted.
It is recommended that you read this link for more information on the subject: providing credits and references correctly, among other crucial details for the proper use of the licensed material.