A condenação dos Begardos no Estado e pranto da Igreja de Álvaro Pais (Século XIV)
Resumo
Este artigo propõe a análise de dois artigos contidos na obra Estado e pranto da Igreja do franciscano galego Álvaro Pais (1275/80-1349), que versam sobre o tema da heresia dos begardos, condenada pela Ad nostrum no Concílio de Vienne de 1312. Nosso objetivo foi entender as proposições do autor sobre este grupo de heréticos e os argumentos apresentados por ele contra essa heresia. Metodologicamente, optamos por realizar uma pesquisa qualitativa a partir do fichamento e análise da fonte que se encontra em versão latim/português, utilizando a análise hermeneutica da mesma. Como resultados, esperamos trazer à tona um assunto pouco conhecido em Álvaro Pais que é a sua visão sobre um movimento herético de seu tempo, a cujas documentações ele teve acesso, especialmente por ser penitenciário do papa João XXII em Avinhão.
Downloads
Referências
Agostinho de Hipona. (2008). Contra Faustum Manichaeum (Opera Omnia, Editio latina, PL 42). Recuperado de http://www.augustinus.it/latino/contro_fausto/index2.htm
Agostinho de Hipona. (2008). Contra Mendacium (Opera Omnia, Editio latina, PL 40). Recuperado de http://www.augustinus.it/latino/contro_menzogna/index.htm
Agostinho de Hipona. (2008). De Haeresibus (Opera Omnia, Editio Latina, PL 42). Recuperado de http://www.augustinus.it/latino/eresie/index.htm
Agostinho de Hipona. (1991). A doutrina cristã: manual de exegese e formação cristã. São Paulo, SP: Paulinas.
Ambrósio de Milão. (1996). Sobre a penitência. São Paulo, SP: Paulus,.
Amores Bonilla, P. (2019). Breve bosquejo de una herejía milenarista medieval: Los Apostolici. Revita Haereticus, 2, 20-38.
Bara Bancel, S. (2008). Para entender al Maestro Eckhart y la mística alemana. Ciencia Tomista, 135(437), 453-485.
Bergier, N. S. (1835). Dicionario Enciclopédico de Teología (Imprenta de los Hijos de Doña Catalina Piñuela, Vol. 9, p. 68). Recuperado de https://books.google.com.br/books?id=6V-WLdexHD0C&pg=PA5&hl=pt-BR&source=gbs_toc_r&cad=4#v=onepage&q&f=false
Bíblia de Jerusalém. (2006). São Paulo, SP: Paulus.
Blázquez Martínez, J. M. (2008). La violencia religiosa cristiana en la Historia Eclesiástica de Sócrates durante el gobierno de Teodosio II y en la Historia Eclesiástica de Teodoreto de Cirro. Gerión, 26(1), 453-490.
Bolton, B. (1983). A reforma na Idade Média. Lisboa, PT: Presença.
Cassien, J. (1955). Conférences I-VII (Introduction, texte en latin, Collection Sources Chrétiennes, traduction et notes par Dom E. Pichery). Paris, FR: Les Editions du Cassien.
Cassien, J. (1965). Institutions cénobitiques (Collection Sources Chrétiennes, Jean-Claude Guy, Org.). Paris, FR: Les Éditons du Cassien.
Clementinae. (1550). Clementis Quinti constitutiones, quas Clementinas vocant. Recuperado de https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=GNVmAAAAcAAJ&oi=fnd&pg=PA14&dq=Clementinas+papae+Clement+V&ots=OKoi979JKa&sig=n7Q9eCMMaPbScqPNnFwJFCRi1VE#v=onepage&q=Clementinas%20papae%20Clement%20V&f=false
Concílio de Latrão. (2005). IV, COD II-1, p. 525, DzS 812, FC 797. In B. Sesboüé, H. Bourgeois, & P. Tihon (Orgs.), História dos dogmas (Tomo 3). São Paulo, SP: Loyola.
Dos gêneros dos monges. (2019). Regra monástica. In D. Steidle, O. S. B. Basilius, D. Enout, & O. S. B. João Evangelista, (Orgs.), Regra de São Bento (4a. Ed. Latim/Português, Cap. I, p. 21-22). Rio de Janeiro, RJ: Ed. Edições Lumen Christi. Recuperado de https://www.documentacatholicaomnia.eu/03d/0480- 0547,_Benedictus_Nursinus,_Regra_Monastica,_PT.pdf
Frangiotti, R. (1995). História das heresias (séculos I-VII): conflitos ideológicos dentro do Cristianismo. São Paulo, SP: Paulus.
Gregório VII, Papa. (2005). Primeira profissão de fé imposta a Berengário (DzS 690). In B. Sesboüé, H. Bourgeois, & P. Tihon (Orgs.). História dos dogmas (Tomo 3). São Paulo, SP: Loyola.
Irineu de Lião. (1995). Contra as heresias: denúncia e refutação da falsa gnose (2a. ed.). São Paulo, SP: Paulus.
Isidoro de Sevilha (2009). Etimologías (Edición bilingue). Madrid, ES: Biblioteca de Autores Cristianos.
Mañón Garibay, G. J. (2003). Eckhart y la Espiritualidad de las Beguinas. Topicos, 24, 185-210.
Martinho de Braga. (2013). De correctione rusticorum, item 16. Recuperado de http://domvob.wordpress.com/2012/02/15/da-correcao-dos-rusticos-pagaos-sao-martinho-de-panoia/
McGinn, B. (2017). O florescimento da mística. Homens e mulheres da nova mística (1200-1350). S.Paulo, SP: Paulus.
Mitre Fernandez, E. (2003). Ortodoxia y herejía entre la Antiguedad y el Medievo. Madrid, ES: Cátedra.
Miura Andrades, J. M. (1999). Una nueva religiosidade en la frontera de la ortodoxia: Beguinas, Begardos, Hermanos del libre espíritu. In J. Á. García de Cortázar (Ed.). Cristianismo marginado: Rebeldes, excluidos, perseguidos II: del año 1000 al ano 1500 (Actas del XII Seminario sobre Historia del Monacato. Aguilar de Campoo (Palencia): 1999; p. 51-70). Madrid, ES: Ediciones Polifeno.
Occhialini, U. (2003). Pecado. In E. Caruana, L. Borrielo, M. R. Del Genio, N. Suffi. Dicionário de mística. São Paulo, SP: Paulus, Loyola.
Oliveira, J. C. M. (2015). Cartas e redes de comunicação no Mediterrâneo durante a Antiguidade tardia: o caso da controvérsia pelagiana. Revista de História, 173, 53-80. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2015.107391.
Orbe, A. (1979). Errores de los ebionitas. Análisis de Ireneo, Adversus haereses, V,1,3. Marianum, 41, 147-170.
Orbe, A. (1993). En torno a los ebionitas. Ireneo, Adversus haereses IV, 33,4. Augustinianum, 33(1-2), 315-337. DOI: https://doi.org/10.5840/agstm1993331/215
Ortega Martín, E. (2020). Heterodoxias medievales: El Libre Espiritu, o misticismo herético y Joaquín de Fiore. Proyección. Teología Y Mundo Actual, 276, 65-80.
Pais, Á. (1956). Colírio da fé contra as heresias (M. P. Meneses, Trad.). Lisboa, PT: Instituto de Alta Cultura.
Pais, Á. (1988-1998). Estado e pranto da Igreja (M. P. Meneses, Trad., 8v.). Lisboa, PT: Instituto Nacional de Investigação Científico-Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica.
Pierce, J. B. (2004). Apocalyptic poverty: Gerard Segarelli, Fra Dolcino and the legitimization of deviance among the Order of Apostles, 1260-1307 (Dissertação de Mestrado). The University of Arizona ProQuest Dissertations Publishing. Recuperado de https://bitily.me/zxZMv
Powell, D. (1975). Tertullianists and Cataphrygians. Vigiliae Christianae, 29(1), 33-54.
Rodrigues, M. A. (2004). A espiritualidade na Obra Filosófico -Teológica de Francisco Suárez. In A Companhia de Jesus na Península Ibérica nos séculos XVI e XVII: Espiritualidade e Cultura (Actas do Colóquio Internacional, p. 417-432). Porto, PT: Faculdade de Letras.
Saranyana, J. I. (2007). La noción de «libertad» en el contexto de la mística neoplatónica: A propósito del Speculum animarum simplicium de Margarita Porete (†1310). Anuario de Historia de la Iglesia, 16, 265-278.
Silva, C. H. C. (1983). Diferenciação da experiência orante em Santa Teresa de Jesus. Do tempo ascético a uma simbólica mística. Didaskalia, 13, 105-248.
Théry, J. (2012). Hérésies et répression inquisitoriale en Occitanie (vers 1230 - vers 1330). Religions et Histoire, 46, 49-55.
Tizzani, V. (1862). La celebre contesta fra S. Stefano e S. Cipriano. Roma: Salvaucci. Recuperado de https://bitily.me/ZOlMz
Veloso, W. R. (2018). Continentes ou conjugati? Uma análise do dispositivo de sexualidade agostiniano no contexto da Querela Jovinianista. Romanitas-Revista de Estudos Grecolatinos, 11, 133-152. DOI: https://doi.org/10.17648/rom.v0i11.21821
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer suporte ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais).
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.